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27/05/2019
O Para-Sar (‘Para’ de paraquedistas e ‘Sar’ do inglês Search and Rescue, ‘Busca e Salvamento’) ou Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) é um esquadrão paraquedista de elite da Força Aérea Brasileira responsável por realizar operações especiais, instruções especializadas e busca e resgate de vítimas em acidentes aéreos, desastres naturais e missões de misericórdia.
O nome do esquadrão é anterior a criação oficial do grupo, em 1963. Na época, a FAB conhecia os homens que vestiam macacões laranja e os boots marrons como Para-Sar. Hoje, eles utilizam o boné na cor laranja, indicativo universal da atividade de busca e resgate.
A utilização de paraquedistas em missões de salvamento e resgate partiu da ideia de Achiles Hipólito Garcia Charles Astor, nascido na Argentina, mas naturalizado brasileiro. Astor foi instrutor de ginástica acrobática e paraquedismo dos cadetes na antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos.
No começo sua intenção de empregar paraquedistas nas operações de busca e salvamento não foi bem aceita. Porém, com a II Guerra Mundial houve uma motivação para aprimorar as técnicas aeroterrestres e o emprego de novos equipamentos. Nascia assim o Para-Sar, que aos poucos foi se aperfeiçoando e instituído oficialmente em 20 de novembro de 1963.
O ingresso no esquadrão é voluntário. Todo militar da ativa FAB pode integrar o Para-Sar, no entanto, é necessário o envio de uma solicitação formal para apreciação de um conselho operacional.
Para o Tenente de Infantaria Guilherme Oliveira Kavgias, integrar a equipe sempre foi muito mais que interesse: “Eu vim pra cá porque era sonho, sempre quis, sempre almejei, sempre gostei de ver a maneira que ‘eles’ (Para-Sar) se tratavam, o respeito, a amizade e o companheirismo. Quando um C-130 Hércules da FAB se chocou na Pedra do Elefante (2001), eu morava em Niterói (RJ), local do acidente. Isso marcou bastante a minha infância, porque eu vi o resgate, o esforço da equipe para chegar no local de difícil acesso e depois trazer de volta os companheiros. Eu via aqueles militares como heróis.”
“A gente nunca quer ser ‘empregado’, porque quando o Para-Sar é acionado significa que alguma coisa deu errado em algum lugar. Mas caso isso aconteça, espero estar em plenas condições de contribuir de alguma forma, resgatando alguém que esteja em perigo, enfim, ajudando a sociedade brasileira” – Tenente Kavgias.
Hoje, doze anos após o acidente, Kavgias pode chamar aqueles ‘heróis’ de amigos, sendo mais um integrante da equipe
Rotina intensa, bem mais que integral, é diuturna!
O auge da progressão operacional é atingido após o militar concluir os sete cursos obrigatórios, recebendo o título de pastor.
“Os cursos são voltados para atuar em qualquer ambiente operacional do Brasil, seja na selva, caatinga, montanha ou mar. Nos cursos aprendemos as especificidades de cada ambiente, dificuldades, materiais para utilização, alimentos, a maneira como nosso corpo se comporta, enfim, uma gama de fatores que envolvem a parte intelectual, além do condicionamento físico” – afirma Capitão Loureiro, relações públicas do esquadrão.
O lema do esquadrão “Ninguém fica para trás” fica evidente principalmente nas missões de resgate. Nos últimos anos o Para-Sar participou de missões que entraram para a história da Aviação e do Brasil, como os resgates dos aviões da Gol (2006) e da Air France (2009), além de atuação nas enchentes da região serrana do Rio de Janeiro, em Santa Catarina, e na Bolívia em 2008.
Sabedores das condições e das situações que vão encontrar no caso de acidente, os homens do Para-Sar reconhecem a necessidade do treinamento rigoroso. “Na hora da operação, eu preciso ter certeza que meu colega não vai recuar”, avalia Sadler. Ele aprendeu a lidar com a dura rotina da profissão com o Sargento Rosemberg José de Araújo que, por 31 anos (de 1978 a 2009), dedicou-se integralmente à unidade.
Na foto, Tenente Lessa realiza atendimento médico a criança indígena.
O Para-Sar é uma tropa especializada em operações especiais, capacitada para realizar diversos tipos de missão além daquelas relativas à busca e salvamento.
Em Operações Conjuntas das Forças Armadas, o Para-Sar integra a Força Conjunta de Operações Especiais, que também é composta por militares da Marinha do Brasil e Exército Brasileiro. Nesse contexto, sua atividade principal é a “guiagem aérea avançada”, que consiste na incursão de paraquedistas em território hostil, sem serem vistos, com o objetivo de localizarem os alvos inimigos e transmitirem as coordenadas exatas para ataque aéreo posterior.
Fonte: https://bit.ly/2YJw4uG
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